Pode até parecer bobagem, mas será difícil a Netflix conseguir produzir um outro seriado tão leve de assistir com uma trama tão simples e divertira.

Com cerca de quatro horas de duração (contando os oito episódios), “Boneca Russa” ou “Russian Doll” consegue tornar o espectador um verdadeiro refém da trama que, mesmo se passando em um único dia, consegue instigar, transforma certezas e dúvida e desperta na audiência um verdadeiro sentimento de empatia com a protagonista.

Boneca Russa: vale a pena assistir?

Com toda certeza sim! Por mais que pareça ser uma trama boba ou que acabe se tornando algo maçante, você vai se surpreender com as possibilidades da história.

Cada personagem possui história própria e isso para mim é essencial para o sucesso de qualquer obra: eles existem no mesmo espaço e tempo independente do personagem.

A rede de conexões dos personagens, as vontades e até mudanças de opiniões entre as versões do mesmo dia deixam claro que a história não um “mais do mesmo”.

Algumas coisas podem até ser previstas, mas as ações da personagem principal, Nadia, mudam completamente o “roteiro” do dia, o que transforma a experiência do dé-jà-vu muito mais divertida.

Boneca Russa: dissecando personagens

Como eu disse antes, essa série conta com vários personagens e suas versões nas versões dos dias são muito diferentes: ou seja, varia de acordo com a ação da personagem principal e isso vale para ela mesma.

Ao descobrir que sempre ressuscita no dia do próprio aniversário, Nadia começa a procurar motivos para que isso esteja acontecendo e é aí que ela se depara com vários dramas internos.

A história liga sua mortalidade excessiva às suas experiências maternais, além do seu relacionamento com a filha de seu ex-namorado. Com todo o tempo do mundo, ela inicia sua busca por consertar coisas que ela talvez tenha feito de errado, para evitar que o loop continuasse.

Boneca Russa: a entrada de Alan na trama

Alan é um outro personagem que está vivendo no looping e é aí que a trama começa a se desenvolver: ela o ajuda a resolver problemas, enquanto ele o ajuda a desenterrar outros problemas maternais.

A entrada de Alan na série mostra que existe uma grande lição sobre empatia: principalmente porque ambos – mesmo com seus problemas – começam um a tentar resolver as questões do outro, enquanto tentam encontrar uma saída para o looping.

A história do rapaz é tão dramática quanto a de Nadia, mas enquanto ela luta contra problemas do passado, ele lida com problemas no presente e revive o pior dia de sua vida.

Um outro bom aspecto da série é a personalidade da protagonista: visivelmente problemática e desprendida de pudores, Nadia tem a língua afiada e se mostra um personagem que está absolutamente ignorando todo e qualquer julgamento e é isso que a leva a passar por vários momentos ímpares.

Sua ligação com suas amigas, terapeuta e até com um mendigo faz com que o espectador sinta vontade de ver um pouco mais, de entender e estar por dentro daquela relação.

Essa série é um acerto muito grande da Netflix, seja porque é uma comédia que faz refletir ou um drama que faz rir, vale muito a pena gastar um pouco do seu tempo assistindo.

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